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Monday, November 5, 2012

Quem somos


Introdução

Posição Política

Princípios


Contacta-nos: bruxas.nao.inflamaveis@gmail.com

Introdução


Quem são as Bruxas Não-inflamáveis?

Somos ateístas.
Somos cétic@s. Somos livres-pensador@s. Condenamos a religião por obstruir política e socialmente o pensamento crítico.

Defendemos um mundo onde todos os dogmas são questionáveis.


Por que se autodenominam Bruxas Não-inflamáveis?

Durante séculos, as bruxas foram bodes expiatórios para muitos dos desastres naturais. Elas sempre pertenceram às classes mais pobres da sociedade. Nós acreditamos que isso não é uma mera coincidência.

Os rituais de caça às bruxas não eram simplesmente uma reprodução do patriarcalismo. Serviam também para criar uma atmosfera de histeria social que encobria os verdadeiros problemas.



No entanto hoje possuimos ferramentas mais fortes para entender e analisar as causas das nossas angústias, tais como o pensamento crítico e o discurso científico.

Somos bruxas porque vamos apontar as verdadeiras causas do nosso padecimento. Como as bruxas do passado, não somos a causa mas sim as vítimas desta destruição.

Somos bruxas não-inflamáveis porque nenhum ritual de caça às bruxas vai acabar com as misérias do mundo; esses rituais irão, pelo contrário, criar mais bruxas.

De facto, têm vindo a criar mais do que isso. Na Tunísia, o caso de Mohammed Bouazizi ao imolar-se pelo fogo devido ao seu estado de pobreza e, na Idade Moderna, o facto de as bruxas serem queimadas, têm uma raiz comum: el@s foram forçad@s a pagar as consequências pelas quais não são responsáveis.
Somos bruxas não-inflamáveis porque nós “get up, stand up, and don’t give up the fight”




“O dinheiro é o deus deste mundo; a burguesia, ao retirar o dinheiro ao proletariado, faz dele, na prática, um ateísta.” [Friedrich Engels]
Convidamos tod@s a questionar os dogmas à nossa volta. Convidamos tod@s lutar contra as religiões, enquanto sustentadores históricos oficiais dos dogmas sociais.


O que é a religião?

A religião organizada, desde o seu surgimento, tem tido um papel ativo nas relações de poder. Acreditamos que isto faz parte da natureza histórica das religiões.

Rejeitamos a hipocrisia de considerar as religiões como meras crenças pessoais. Desde a orientação sexual até à reivindicação dos direitos fundamentais, desde a educação formal até à política de género, ela é uma ferramenta de opressão, desinformação e exploração. A religião institucionalizada é, ainda hoje, uma das ferramentas mais importantes para legitimar o sexismo, as injustiças e desigualdades.

Pretendemos a emancipação da religião.


O que significa “emancipação da religião”?

No sentido social, significa uma sociedade onde todas as crianças tenham uma relação equidistante com todas as religiões no mundo e as contemplem livremente.

No sentido político, significa uma nova ordem social, onde as instituições sociais proporcionem um clima onde todas as religiões estejam disponíveis ao público, em igualdade de circunstâncias. 



Imaginamos um mundo onde a crença sobrenatural seja uma questão puramente pessoal. Imaginamos um mundo onde o pensamento livre e a postura crítica sejam os métodos de tomadas de decisão social.
Por isso, exigimos uma real liberdade de crença religiosa individual.


Como se consegue obter a “emancipação da religião”?

Ressaltamos que existem 4200 religiões ativas no mundo (sem contar com the church of the flying spaghetti monster). Por isso, uma emancipação da religião requer, ou que se disponibilizem santuários e se recrute clero de todas as confissões para cada bairro e aldeia, ou que libertemos a sociedade de todas as instituições religiosas – tanto políticas como sociais.


Posição Política


Temos um sonho.

Imaginamos um mundo emancipado de todas as religiões. Imaginamos um mundo onde o engano através de dogmas já não seja possível. Imaginamos um mundo onde a crença sobrenatural seja uma questão puramente pessoal. Imaginamos um mundo onde o pensamento livre e a postura crítica sejam os métodos de tomadas de decisão social.

E não somos @s únic@s.


Religião: Contra a liberdade

Acreditamos que as religiões são uma ferramenta política de opressão e um instrumento social para legitimar desigualdades. Por isso, vamos trata-las enquanto tal.

Pensamos que as instituições religiosas são um dos maiores obstáculos à liberdade. Este obstáculo não afeta só a educação científica, os direitos das crianças, a igualdade de género e a tomada de decisão democrática. Vamos mais longe e argumentamos que as instituições religiosas são contra a liberdade de crença. Hoje em dia, uma criança portuguesa, é tão livre de escolher a sua religião como de escolher os produtos que consome. Não o é de nenhuma forma: como na chamada economia de mercado, também existem monopólios religiosos.
 

Quando nos referimos a emancipação da religião, queremos dizer que vamos lutar contra os privilégios das crenças religiosas. Uma sociedade com liberdade de crença é uma sociedade equidistante a todas as 4200 religiões ativas no mundo.

Ateismo: Pela liberdade.

Somos tod@s ateistas em relação à maioria dos deuses em que a humanidade já alguma vez acreditou. Alguns e algumas de nós somo-lo só em relação a um deus mais.” [Richard Dawkins]

E nós, as Bruxas Não-Inflamáveis, vamos ainda mais longe. Não vamos restringir a nossa atenção aos dogmas sobrenaturais, mas extender o nosso olhar cético em relação a dogmas como o racismo, o nacionalismo, o sexismo e o crescimento económico. Não somos tolerantes com o ludíbrio e a exploração do povo. Não somos tolerantes com as religiões institucionalizadas. A nossa tolerância abrange @s 99%, que trabalham e produzem, mas são desapossad@s e sofrem.

O nosso ateísmo tem um caráter político; não é puramente filosófico. O nosso ateísmo tem um caráter científico e social; não puramente pessoal. O nosso ateísmo é parte de um projeto de emancipação política e social.



O que temos no cardápio

Aqui propomos uma lista de algumas das nossas exigências imediatas. Temos a intenção de estende-la e aprofundá-la no decorrer das nossas atividades.

LEGISLAÇÃO: Não deve haver posições privilegiadas na sociedade ou benefícios legais para qualquer indivíduo ou grupo em virtude da sua religião ou confissão. As instituições religiosas não devem estar isentas de investigações públicas, inspeções e critérios de responsabilidade.

EDUCAÇÃO: A educação pública deve ser secular. O financiamento estatal de escolas religiosas e privadas deve ser abolido. Os rituais e práticas religiosas devem ser suprimidos da educação. 

A educação pública deve basear-se em evidências e estruturada de forma a promover o pensamento crítico e o ceticismo científico.

IMPOSTOS E FINANCIAMENTO: As instituições e comunidades religiosas não devem receber privilégios ou isenções, tais como benefícios fiscais e subsídios para promover a religião.


POLÍTICA: O ceticismo científico e uma abordagem baseada em evidências devem ser aplicados a todas as decisões políticas.


Princípios

1. Sentimos que temos a responsabilidade e o dever de advogar os nossos princípios através da organização de palestras, declarações públicas, campanhas e ações diretas.

2. As nossas tomadas de decisão serão feitas sempre a partir do método de democracia participativa.

3. Adotamos uma postura crítica, cética e científica.

4. Não limitamos a nossa posição crítica à religião. Somos contra todo o tipo de descriminação baseado em nacionalidade, etnia, cor, género, orientação sexual ou identidade sexual.

5. Não apoiamos qualquer tipo de ideias infundadas. Somos “quadrad@s” em relação a todos os sistemas de crenças irracionais que vão desde a pseudociência ao misticismo, das religiões monoteístas à astrologia.

6. Na mesma medida em que não hesitamos em confrontar crenças e instituições religiosas e criticar as religiões, não aprovamos a humilhação de nenhum cidadão comum devido às suas crenças religiosas. Lutamos contra ideias e não contra pessoas.

7. Respeitamos os direitos dos animais e de todos os ecossistemas tanto quanto respeitamos os direitos humanos. Baseamos as nossas vidas e posição política, não na ideia de que o mundo foi criado para nós, mas no conhecimento de que todos os seres vivos coexistem como parte de um mesmo todo.

8. Temos como princípio ser solidári@s com todos os indivíduos e grupos compatíveis com os nossos objetivos e com os princípios referidos neste texto, e cooperar com eles dentro do limite dos possíveis.

Princípios

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1. Sentimos que temos a responsabilidade e o dever de advogar os nossos princípios através da organização de palestras, declarações públicas, campanhas e ações diretas.

2. As nossas tomadas de decisão serão feitas sempre a partir do método de democracia participativa.

3. Adotamos uma postura crítica, cética e científica.

4. Não limitamos a nossa posição crítica à religião. Somos contra todo o tipo de descriminação baseado em nacionalidade, etnia, cor, género, orientação sexual ou identidade sexual.

5. Não apoiamos qualquer tipo de ideias infundadas. Somos “quadrad@s” em relação a todos os sistemas de crenças irracionais que vão desde a pseudociência ao misticismo, das religiões monoteístas à astrologia.

6. Na mesma medida em que não hesitamos em confrontar crenças e instituições religiosas e criticar as religiões, não aprovamos a humilhação de nenhum cidadão comum devido às suas crenças religiosas. Lutamos contra ideias e não contra pessoas.

7. Respeitamos os direitos dos animais e de todos os ecossistemas tanto quanto respeitamos os direitos humanos. Baseamos as nossas vidas e posição política, não na ideia de que o mundo foi criado para nós, mas no conhecimento de que todos os seres vivos coexistem como parte de um mesmo todo.

8. Temos como princípio ser solidári@s com todos os indivíduos e grupos compatíveis com os nossos objetivos e com os princípios referidos neste texto, e cooperar com eles dentro do limite dos possíveis.